domingo, 11 de outubro de 2009

Que diabo

Os terrenos elevam-se, as placas partem e a terra regenera.
O papel voa, voa, mas nunca é livre. Nunca nada é livre, alguém acha que alguma coisa é livre Não é possível porque nada pode ser tudo. E tudo se resume a isto. A árvore não anda, o pássaro não voa para fora da atmosfera, eu não respiro dentro de água e tu não podes viver debaixo da terra. Afinal o que é livre Nada. Nem o ar, nem o sol, quanto mais tu Não és livre de pensar porque tens sempre barreiras. Não notas, não é Não há nada que seja livre e andamos aqui nós feitos parvos a falar da liberdade. E dentro dos meus limites vitais Então leva-me à lua. Ah não levas Não sou astronauta e deus não vive nem nunca viveu nem nunca há-de viver nem nunca há-de ser sequer tanto como eu sou ou tu. Repara nas coisas. Repara que nada é livre e que não há nenhuma besta no meio das nuvens a espreitar-te quando dizes merda. E que não há nada depois de deixares de respirar. Nulo, é tudo nulo. Ouviste Nada, não é nada.

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