segunda-feira, 20 de julho de 2009

Estou a andar para a frente com os pés trocados que quase voltam para trás. Não voltam porque o tempo não deixa. Aquela música escorre por mim abaixo e vou apagar a luz. Volto para trás sem voltar. Choro como quem volta atrás. Faz parte, deve fazer. É assim que sou, devo ser. E agora - saudade imensa. Sempre mais e mais.

E aquele tempo que toda a gente deve adorar, é o que me mete mais medo e me traz mais aperto exactamente por ser o suposto mais livre, mais fácil, mais... Sempre o mais difícil, mais frustrante. Sempre o querer ter o que não tem, estar onde não está. Onde não estou.

domingo, 19 de julho de 2009


Vestido vermelho

Lamechas e amoroso.
Natural.
Eu sabia que irias dizer Eu também quando, enquanto te dava para as mãos (abertas tuas sempre) o papel das minhas noites despidas, disse que às vezes mudava palavras ao reescrever.
Quem não o fará? Não me importa.
Foste tu que o disseste.
Se soubesses como se parte o pano dentro do palco
se rasga a cortina
me descai o peito
meus abanos
pianos
que toco sem ver como toco por dentro
onde me lanço
em braçadas de voz
sem medo
tremo.
Vem cá
que nós somos
somos










somos

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Saudade











M