segunda-feira, 28 de setembro de 2009

espero e não vou a lado nenhum
espero
espero
espero
espe ro
espero,
espero,
espero
até
espero
es pero
espero




espero



espero
espero
espero
Espero
mas elas curam-se e só basta abrir o coração ou o mesmo que dizer as mãos
Dorme bem, pequenina ou Bom dia

sábado, 26 de setembro de 2009

Eu avisei, mas nem a mim me dei ouvidos.

21+6

Acordo e não largo a cama, não piso mais o céu que as estrelas ardem uma a uma nos pés como pantufas dos deuses. Sabem eles como escrevo a dedicação que verto pelas mãos, pela boca que não tem mais fome e como me rebenta o coração em acelerações e pesos que nem os maiores halteres têm. E sorrio a meio do corroer do peito que não é um corroer, que é um tempo sem espaço, falta-me tudo sem faltar nada. Não morro, atiro-me ao céu e caio sempre nas estrelas: numa, noutra, sonho que sou maior que elas, que me apertam os pés como me apertas o coração assentas como uma luva apertas apertas camisola dele vestido meu que só assim o uso: connosco. Cavalgo pelo universo adentro sem cair aos bocados, não caio. Vivo-me cá dentro sabendo que existes. Falo sem me ouvires, falo tanto, eu sei que não ouves mas falo na mesma, acordo na mesma, não saio da cama na mesma, anseio na mesma, apanho-te na mesma. Corro rios de sangue-vida sobre as mãos, pergunto amores, sinalizo as árvores de seiva estanque. Sangue-vida, sempre vida. Não morro. Não há nuvens e piso as estrelas, acima das nuvens, bem acima do céu, onde afinal sempre te servi licor. Me serviste sangue-teu. Diz-me que ainda serves dele, que servirás. Que o espaço te vai voltar e o tempo voltar a acabar. A seiva regressa ao ciclo e a terra é a casa dentro da tua boca, sempre a tua boca, sempre a terra, lama minha. E eu gosto tanto de lama e já lá vai o tempo em que até a comia na prova dos bolinhos desenformados. Passione acordada. Sempre vida e nunca para sempre. Meu amor, nunca para sempre

A Celi desapareceu.

Era a mais tímida, assustadiça, estouvada até. Castanha.
Tinha medo de tudo e ficava para o fim quando era hora de comer. Às vezes eu nem percebia se chegava realmente a comer até porque os companheiros peixes devoram tudo o que lá caia, nem que sejam bocados de relva acabada de cortar.

Não sei que nova vida tomaste ou que fim te fizeram tomar, mas já lá vai mais de um mês.

Eras bem querida,























e mesmo que nunca voltes, espero que ainda Sejas.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

O que é não-ficar?




Não podemos fazê-lo | só sabemos fazê-lo.


Ir, voltar sem ter ido de vez, ir sem ir, sair querendo voltar, ficar sem ficar, ficar querendo ir, não ir e não ficar, onde estar Em que meio entre o ir e o ficar, entre o querer ir e o querer voltar Entre parecer que vou e irdes, entre parecer que me vou e ficardes no meu ir. Irdes comigo ficando, ir eu também, irmos, vamos, não ficamos, não-ficamos, para onde vamos Para onde vou num caminho em que não ando Para onde me levais quando quero ficar no ir Quero ir. Quero ir. Levai-me, que o não-ficar me vai. Levai, apenas: levai.


Vento
Meu vento

terça-feira, 22 de setembro de 2009

vinte e um amor

Bloqueado, inofensivo e louco.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Ainda sabes existir?
Diz-me que ainda sabes, que ainda, que

É só uma neblina, é só uma neblina.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

222 dias (desde que)