domingo, 15 de março de 2009
Salto elástico
A incoerência de palavras martela-me na ponta dos dedos e faz-me mergulhar nas profundezas da minha existência. E existisse eu sem ti e nunca tinha sabido como é. (Bom.) Se nunca tivesse subido as tuas montanhas e bebido do teu rio, se não existisses, nunca ia saber. Que as tuas mãos me agarram o coração que as tuas mãos mo seguram que as tuas mãos me dilatam a esfera armilar e rasgam as fronteiras do universo. As flores brotam-te do peito onde eu semeio os murmúrios jubilosos que me saltam das cordas vocais como notas soltas de um piano velho. E não fosse eu saltimbanco do meu quarto de tecto com janela para o céu, não me pendurasse eu nas estrelas enquanto te vejo do outro lado do Rio dentro do quarto que por fora traz pintado a areia de um mar que é o céu no qual me encontro e te puxo, num dos meus impulsos elásticos. E queria eu que as palavras me fizessem sentido. Soubesse eu dar-lho e soubesse eu gritar ao mundo aquilo que grito dentro de ti quando nos enlaçamos enraizamos árvores vivas com a força dos deuses. As veias saltam-me para fora da planície que é a pele que me veste a carne que trincas e te alimentas de mim, me matas a coerência e a respiração pausada, que a perturbas me perturbas num silêncio tentador. Está calor. Vamos, dá-me cá as mãos.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Adoro o teu blog... mesmo a serio!
ResponderEliminarBeijinhos,
Mar.
ps: escreve maais!
Sabes que te dou tudo (oh como te dou tudo) amoramor
ResponderEliminar(choro em suspiro de esferas circunscritas que me atam as tuas ausências ao peito que ainda emana o calor que nele depositaste em flores que cantam esses murmúrios, esses desafios ao Deuses)