sábado, 8 de novembro de 2008

Luz

Ela é o sol que me inunda a casa e transparece o olhar. É o arcaboiço de um mundo que nunca vou esquecer de lembrar. É-me a mim como a si se interroga sobre o que é a luz. Talvez não seja tão grande como o mundo, mas é do mundo que conheço. É como um anjo que tombou do altar quando lhe deixaram de colocar flores. O meu peito cheio de ar e triste de sorrir ao tempo que passa. E pelo meio quero morrer enquanto penso sobre o que realmente me atrai ao chão – será o campo gravitacional. Morro cinco ou seis segundos e sorrio na inocência de tentar perceber o que é. Sou eu numa brutalidade intra-uterina. É a pena que tenho dos demais. É a luz que me abre os olhos querendo eu fechá-los para poder pensar. É o que é.

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