sexta-feira, 4 de julho de 2008

Mais uma, longa demais

Tu eras o mundo quando as crianças brincavam lá fora
Quando dos pássaros distinguia as melodias que imitava.
Eras o mundo quando a primavera nos cobria de verde
E do verde do céu me surgiam os teus cabelos escuros
Que me enlaçavam a ti e nos visitavam entre os lábios
Colados.

E as noites agora vão longas,
Vai esta, foi aquela,
Longas demais
E encurtá-las, não sou capaz.
Ficaram longas de tanta espera,
Velhas,
Ficam ainda mais velhas
As noites que me disseram Adeus.

1 comentário:

  1. Ressoam em ti os ecos?
    Perdes os lençois novos por uns acabados e frios que te rodeiam no seu leito de morte.
    Mas uns novos virão e irão encher-te as janelas do quarto, da casa. E as tuas mãos vão ocupar a felicidade de alguém e vais ser o motivo por que essa pessoa irá sorrir. Porque a tua graça lhe preenche um vazio de outros lençois deixados à solidão.

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