terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Home

Considerações de início de madrugada...

Ultimamente tenho pensado sobre a minha casa. Onde é a minha casa? Falta-me. Talvez saiba onde fica, em quem fica, mas por ora resta-me a impossibilidade de nela entrar. Tenho que esperar até que a porta abra de novo para me acolher.

A minha casa não tem que ser a casa onde fisicamente me deito todos os dias. Não é. Sei que implica um alguém porque eu só, não sou casa. A minha casa, a verdadeira casa, é metafísica. Não basta que ela me agrade estruturalmente nem que tenha determinados objectos – é a minha porque eu sinto nesse espaço que me agrada que me pertence e que vivo nela. Amanhã essa casa poderá não me pertencer como o meu corpo lhe pertence empiricamente – talvez como um stand by – o objectual fica à espera que o volte a sentir como meu e vital para mim e isso dependerá sempre da forma como estou a sentir a casa – o objectual é como um complemento físico na construção do mundo.

(...)





Home - the Smashing Pumpkins

7 comentários:

  1. A casa é o lar. Eu não gosto da palavra lar, por isso é-me a casa...

    ResponderEliminar
  2. a casa são paredes. o lar é o espírito de quem lá habita...a casa pode não ser o lar, nem o lar ser naquela casa.
    p.s - guerras de conceitos e os seus mal entendidos, dão pano para mangas.

    ResponderEliminar
  3. Eu percebo o que estás a dizer e reconheço que é nesses termos que as pessoas normalmente pensam. Mas aqui atribuí um sentido mais poético à palavra Casa que se assemelha mais ao que se conhece por Lar. E sim, a casa pode não ser a Casa e a Casa não ser em casa.
    Eu é que contradigo o dicionário porque às vezes atribuo um sentido mais importante a palavras mais vulgares.
    I am evil :p

    ResponderEliminar
  4. Eu concordo com a cris. As palavras não têm de ter significados tão certos e definidos.
    A minha casa não é a minha casa. A minha casa são as pessoas que a habitam, e quando estou fora a minha casa é o mundo. Quando estou mal, a minha casa, os amigos. A casa é uma infinidade de casas.

    ResponderEliminar
  5. Sabes bem.
    E sim, sou a mesma pessoa.
    Qual pessoa? Que pessoa? - Perguntas tu.
    Imagino-te eu a perguntar.
    Sinto-me indigente aqui. Com o meu nariz e os meus olhos mesmo por cima do meu nariz a espreitarem. A invadirem um espaço tão de outra pessoa.

    ResponderEliminar
  6. Não sei porquê tal indigência...não há motivo para... Então? Eu sou só aquilo que sou e não sou um monstro.

    ResponderEliminar