quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Hoje estou numa merda, fui uma merda, ainda serei. Um acordar de impulso num choro deslavado. Uma alma apunhalada. E se ao menos tivesseis arrancado o punhal... Uma treva dura, um riscar de paredes de amor. Uma pancada no escuro mais morte que qualquer arma. Um canhão dentro do peito em delírio e excitação. Rasgar-me-eis tudo de mais sagrado com a intensidade com que me abraçastes o mundo. Que lamento mais funesto. Que tiro mais certeiro. Que merda de cabeça e peito. Que merda de tempo.

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