sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

cinco dias e um milhão

Despedaças-me. Não vens. Espero-te, podendo ou não. Encarrego-me de esperas.

Sem fim, esperas.

Quase me esperas.

Ainda respiro, respiro por muito mais, mesmo para saber se sou eu que espero sem poder ou se és tu que me fazes esperar por querer.

Tanto podia eu dizer

Quem me dera poder esperar e saber que me esperarás, sempre, como te li no olhar e to devolvi achando que era eu que to dava e que mo devolvias.

E se não esperares eu não sei para onde vou. E se esperares também não sei, mas certamente me ficarás e traçaremos em milhões de linhas, quase num tecido perdido no espaço, todas as esperas que hão-de vir, dizendo-nos que os traços são apenas linhas perdidas no espaço que nos embrulham. Que me dilatam os poros, te enfeitiçam as mãos.

As esperas são longas, sempre longas mas nunca longas demais.





Faz-me querer esperar.

2 comentários:

  1. "Faz-me querer esperar."
    Tenho que esperar.
    Porque eu quero esperar.
    Eu vou esperar.

    Compreendo-te? *

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  2. Desculpa... e agora para apalermar (algo que faz parte da minha pessoa)...
    "quem espera sempre alcança" ;P

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