domingo, 3 de abril de 2011

os meus dias são um sintoma da tua ausência.
E quem diria que cinco dias depois o meu mundo ia virar a 270º.
Cinco dias depois da mensagem anterior.
Quem diria.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Um dia tive força para derrubar tantos muros quantos os que me apareciam à frente. Agora tenho força, tenho tanta força e nenhum me aparece à frente que eu queira derrubar. Aqueles que valeriam a pena derrubar não existem e no lugar desses está um inderrubável e inexistente. Não sei viver sem muros para derrubar. Eu aqui entediado de solidão e o soldado a dormir perto de um pântano à espera que o inimigo dê sinais de vida. Esqueci o trunfo e saíram-me três duques. A dama de copas fez renúncia. Diabo para as damas.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

"Everyday you have to abandon your past or accept it and then, if you cannot accept it, you become a sculptor."
Louise Bourgeois ( 25.dez.1911 - 31.mai.2010)

domingo, 16 de maio de 2010

ainda falta muito?

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e eu a ver

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sábado, 1 de maio de 2010

E quando bate por iniciativa, bate sem poder bater.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Estava na cozinha e a sua lembrança trouxe-me o peito de volta.

As tropas voltaram à carga, lá fora. Consigo ver o soldado lá

no meio: o coração voltou-lhe a bater. Ainda não sei quantos

vales faltam passar, mas ele vai respirar até ao fim, até chegar,

até lhe chegar.

Eu sabia que ele ia voltar.


quinta-feira, 4 de março de 2010

Todo o espaço é exterior a mim, no entanto, todo o espaço é interior. O exterior é o não-espaço, é a inexistência por completo.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

e dançar contigo em silêncio como se soubesse dançar e...

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Uuaahh

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Dentro do céu

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

E como se não bastasse, tocas com a baqueta do metalofone no nariz dele. Bati com o mundo no chão e puxei-o aos saltos para cima. Tu não me viste mas eu dei contigo a derreteres no meu sangue.

cinco dias e um milhão

Despedaças-me. Não vens. Espero-te, podendo ou não. Encarrego-me de esperas.

Sem fim, esperas.

Quase me esperas.

Ainda respiro, respiro por muito mais, mesmo para saber se sou eu que espero sem poder ou se és tu que me fazes esperar por querer.

Tanto podia eu dizer

Quem me dera poder esperar e saber que me esperarás, sempre, como te li no olhar e to devolvi achando que era eu que to dava e que mo devolvias.

E se não esperares eu não sei para onde vou. E se esperares também não sei, mas certamente me ficarás e traçaremos em milhões de linhas, quase num tecido perdido no espaço, todas as esperas que hão-de vir, dizendo-nos que os traços são apenas linhas perdidas no espaço que nos embrulham. Que me dilatam os poros, te enfeitiçam as mãos.

As esperas são longas, sempre longas mas nunca longas demais.





Faz-me querer esperar.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

tempo

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sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

The spider, the mistress and the tangerine
Louise Bourgeois
Comia-te a voz e o lenço
comia-te a voz
comia-te a voz
comia-te a voz
comia-te a voz
comia-te a voz
a voz
a voz

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Carne com carne.
Como é que ainda não deste conta?

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Espero

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terça-feira, 12 de janeiro de 2010

O tempo escorre pela minha boca, o tempo escorre por todo o lado, o tempo baralha todo o lado

Mulheres, por mim se movem, pela boca me escorrem, como se fossem tempo, por dentro do tempo

Em mim se encravam, de noite me entalam, sem tempo

Num espaço infinito, dentro de mim, não há tempo.

ªªªªªª

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Fotografia da Sofia

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Isto nunca vai acabar.




É incrível... *sopro forte*

domingo, 10 de janeiro de 2010

( )

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Enchamo

Por mais duques que venham,

de entre duquesas ou ursos,

o segredo há-de persistir.


Mantê-lo é querer explodi-lo contra as paredes

num som que de nada serve

mas que muito diz.


Resisto e não vou

porque não posso, porque vos vou matar

me vou morrer.


Registo como quem não quer ser visto a olhar

e disto me esqueço quando me for deitar

longe de um corpo e perto da terra, tão perto.


Tão perto que me enraízo

me enraízo

me fulmino,

enchamo,

cremo,

vos chamo

amor e nós.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Campo de trigo

Se eu fosse emoção e sensação

partia-te a cara em dois

queimava os dinossauros sem que ardessem

e sentava-me ao cabo da mesa a pensar.


Sendo eu emoção e sensação,

deixo-te a cara intacta

não te toco nem cheiro

não queimo demasiado porque os pulmões não se me aguentam.


Porque sou emoção,

comove-me o tempo

e porque sou sensação,

contrai-me o espaço.


Se eu fosse emoção e sensação

sentava-me ao cabo da mesa

olhando-te como quem te vê

fugindo como quem quer ficar.


E não me venham com muito conceito

muita palavra mal amanhada

encruzilhada querendo ter muito sentido

e razão.

Da palavra vivo, mas nunca sem a sensação do espaço

e a emoção do tempo.

e se não é por aqui que se encontra a vida,

há muitos becos por onde virar.

Virai, virai,

dinossauros mortos


sem loucura

sem ardor.

domingo, 3 de janeiro de 2010

S

Ser poeta é mentir

e por isso minto

minto

minto

não por ser poeta,

mas por não poder dizer que não minto.


Tanto sentir me resvala no peito

que dava para construir um novo

mundo de raiz,

contrair o norte e o sul:

opostos que me norteiam o sangue:

verão e inverno;

que me agradam os equinócios

mas afinal é pelos solstícios o fascínio.


Comoção interior

cabeça de ser,

sensação mor, emoção insigne

morte adversa

vida mais


o tempo é espaço

todo o espaço é mundo no meu espaço

todo o tempo me corre na cara

e com a cara minto sem mentir

porque o segredo pode ter chegado.

Para nós: amor de espaço

sem ser poeta, sem mentir,

sem segredo contado,

não vá o tempo curá-lo.

“mas devo confessar:
sinto falta de agarrar umas mamas„

domingo, 27 de dezembro de 2009

Madrid à la noche

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domingo, 20 de dezembro de 2009

Dois mais um infinito

Papel com impressões, verniz, fita cola, fio, televisão e câmara, Dimensão variável (cada imagem 100×150 cm), 2009



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tu!ba

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berço

Cerâmica, fio, luz (noite), Dimensão variável, 2009


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sábado, 19 de dezembro de 2009

- - +

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- - -

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sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Uéheeii

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Fotografia da Mafalda

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

chove-nos

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as malhas desfazem-se

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Tem cuidado, é só o que te digo. Sim, a ti.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

E isto foi Cê às não sei quantas da manhã do dia 23 de novembro. Olha, lembras-te? Só reparei agora.

Que tudo vá para o caralho que eu também vou.
Muito boa noite e até à próxima.
É incrível como se pode ser tão cruel.
Até dá vontade de rir, juro
É mesmo incrível.
É isso e não preservar o que também é dos outros
Antes, destruí-lo bombardeá-lo
É incrível como se pode ser tão cruel, vil. Tão egoísta, tão fechado no mundinho.
Ah não, que agora até já socializa mais...
É mesmo incrível como é possível contornar-se tudo o que se foi, roubar-se o que é do outro-comigo e atirar com o tempo ao focinho do outro.
Incrível como tudo que é tão sagrado é violado sem sensibilidade alguma. E as palavras são a maior mentira alguma vez contada. Prepara-te meu querido, a ilusão está aí.
Sangue frio, sangue tão frio.
Um, dois e o três já está em acção.
É incrível.
'Lá prós cabrões dos gajos
É incrível como me caio aos pedaços me caio aos pedaços
Como me despedaças me despedaçais
Me quase matais quase matais
Preferia eu morrer preferia
Matai, de uma vez
Matai
Matai
Matai
Mata-me meu amor, matai-me meus amores amores amores
Que a besta sou eu
Que a dor sou eu
Que o erro sou eu
Que a terra sou eu
E ardeu
Arde tão freneticamente arde arde arde em labaredas de morte já não há terra não há terra tudo é carvão morto que matais com as vossas mãos e nem a terra estimais, nem a terra

domingo, 22 de novembro de 2009

Ba ba

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^^

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quinta-feira, 19 de novembro de 2009

no silêncio

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passeio-te

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O saber arde.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

~ (brincadeira)

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Digo adeus

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terça-feira, 17 de novembro de 2009

INFINITA TRISTEZA







































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































INFINITA TRISTEZA





















































































































































































































































































































































































INFINITA TRISTEZA




















































































































segunda-feira, 16 de novembro de 2009

É incrível como as palavras certas colocadas nos pontos certos conseguem as coisas que se querem.
Mais incrível ainda como se deixam levar por esse lado sedutor como se fosse o sol a nascer.
Não hás-de saber como ele nasce,
e tu,
tu, devias saber como ele morre. Não basta saber como nasce.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Masov maçocer de oovn, eu sueto nrapot

relva

Escrevo cartas sem fim. Cartas que são só uma, que é uma carta e que são tantas que não acabam, que se estendem no chão, que enchem o mundo, que não vão caber nele, que já não cabem. Escrevo cartas com letras, com som, com ar, com muito. Escrevo tudo e tudo se solta. Perco-me pelo meio e acordo a pensar se me deitei ou se adormeci a meio. Acordo a pensar em que dia vou parar se não há dia para parar. Não paro, não paro nunca. Hei-de morrer e nunca vai parar, a carta nunca vai acabar, as cartas, a relva, os troncos, a partilha. O verde, o verde, não acaba que a terra não deixa. O tempo mata-me. E se passasse mais depressa, muito depressa, tão depressa Ainda aqui estou, ainda escrevo no meio das cartas, dentro das cartas. A carta. Ainda escrevo sem querer, dentro das mãos e a cravar tinta sem fim. Nunca vai sair e eu vou saber que a quero ter, tanta tinta. Vou ter tanta tinta dentro das mãos. Vou sujar tudo, vou sujar tudo e vão-me dizer que é tão bom. Vão-me dizer sempre mais. Vou sujar e estou a preparar-me para sujar.

Onde estás?

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Tenho as pernas pisadas do amor. Tanto a bola corre pelo campo e eu atrás dela e por ela levo nas pernas que doem e se pisam. A bola não pára e eu já não marco golos. Tenho as pernas pisadas e todo o corpo em pedra, duro que dói, cheio de nós e ninguém mete a mão. É falta mas eu pouco me importam as regras e mais quero partir as costas e pisar as pernas que não ter com que pisá-las, pisar-me,
sei lá


Deito-me sobre o mesmo.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

berço meu

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domingo, 8 de novembro de 2009




krap rekciw